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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ONG critica Grécia por tratamento 'vergonhoso' a imigrantes


 

Comissária europeia em campo de detenção de migrantes na Grécia, em foto de 8/12 (AP)
Comissária europeia em campo de detenção de migrantes na Grécia; país é criticado por 'maus-tratos'
A Grécia enfrenta uma "crise humanitária" por conta dos maus-tratos a solicitantes de asilo e imigrantes irregulares, aponta um recente relatório da Anistia Internacional.
A ONG de defesa dos direitos humanos acusa o governo grego de prender milhares de refugiados, incluindo crianças, em condições "vergonhosas" e "assustadoras".
O relatório da Anistia aponta que a Grécia não está oferecendo sequer medidas básicas de segurança e abrigo para os milhares de solicitantes de asilo que passam pelo país.
"Ainda que o fardo (econômico) sobre a Grécia seja enorme, não há desculpas para os obstáculos impostos aos solicitantes de asilo em registrar seus pedidos", diz o texto.
Segundo a ONG, uma agência governamental criada em 2011 para analisar pedidos de asilo não processou nenhum caso até dezembro, alegando falta de pessoal.
"A Grécia está claramente fracassando em absorver e respeitar os direitos dos muitos migrantes que cruzam suas fronteiras com a Turquia", diz o porta-voz da Anistia, John Dalhuisen. "Não seria um exagero dizer que a União Europeia tem uma crise humanitária não além de suas fronteiras, mas dentro delas."

Crianças e xenofobia

O relatório destaca a saga de crianças desacompanhadas mantidas em "péssimas condições" no recém-aberto centro de detenção de Corinto, o que a Anistia chama de quebra de protocolos internacionais.
Além disso, o texto também chama atenção para o "aumento dramático" de ataques com motivações raciais, que têm ocorrido praticamente todos os dias.
Dalhuisen diz que muitos migrantes se veem "à mercê da violência" na capital, Atenas.
Para a ONG, criou-se um cenário de "pressão migratória sustentada, profunda crise econômica e crescente sentimento xenófobo".
O correspondente da BBC na capital grega, Mark Lowen, afirma que tem aumentado a pressão para que a Grécia desenvolva um sistema eficiente e justo de asilo e melhore suas políticas migratórias. Também a União Europeia é pressionada a apresentar soluções concretas para o problema.
Recentemente, Atenas anunciou que o governo vai fechar as fronteiras gregas, para evitar os "problemas sociais" causados pela chegada de um grande número de imigrantes.
Um alto funcionário do Ministério do Interior em Atenas disse à BBC que cerca de 130 mil pessoas são detidas todos os anos ao tentar entrar ilegalmente no país.
Ao mesmo tempo, o partido de extrema direita Amanhecer Dourado vê sua popularidade crescer com uma plataforma ultranacionalista e contra as medidas de austeridade impostas no país, ganhando 18 assentos no Parlamento. O partido culpa a imigração ilegal por parte dos problemas econômicos do país.
Crise espanta imigrante de Portugal, mas há brasileiros que optam por ficar no país
22 de Dezembro de 2012 17h44
                    
 

  
Gilberto Costa
Correspondente da EBC
Lisboa - Portugal está vivendo um dos piores momentos econômicos desde a Revolução dos Cravos em 1974 por causa da crise econômica na zona do euro; e a perspectiva é que esse cenário se estenda por 2013 - ano em que o próprio governo prevê desemprego (perto dos 20%) e recessão (queda de 1% do Produto Interno Bruto e diminuição de 2% no consumo das famílias).
Além da diminuição da riqueza produzida pelo país e do bem-estar das famílias (afetadas com aumento de impostos e redução de gastos de proteção social a partir do próximo mês), Portugal corre o risco de sofrer com a diminuição da população - muitos imigrantes podem deixar o país em decorrência da crise econômica.
Entre 2001 e 2011, a população de Portugal cresceu em torno de 200 mil habitantes, graças aos imigrantes atraídos pelas perspectivas econômicas do país, como participante da Comunidade Europeia. Só de imigrantes brasileiros foram 77 mil pessoas, que formam a principal colônia de estrangeiros em Portugal (cerca de 111 mil brasileiros, mais de um quarto dos imigrantes).
Esses números podem diminuir acentuadamente. Segundo o serviço de estrangeiros de fronteiras do governo português, a população imigrante encolheu em quase 2% entre 2010 e 2011.
Conforme dados apurados pela Agência Brasil com a Organização Internacional de Migração, a cada mês cresce o número de pessoas sem condições financeiras que buscam apoio para a reintegração ao país de origem. Em setembro, o último mês com dados consolidados, mais de 1.400 pedidos de retorno foram feitos. De cada dez solicitações de regresso naquele mês, oito foram feitas por brasileiros.
Apesar das estatísticas, é fácil encontrar pelas ruas de Lisboa, brasileiros que optam por permanecer em Portugal e não cogitam a possibilidade de voltar. É o caso da empresária de Itabuna (BA), Nilzana Ribeiro, de 40 anos, dona de um café nas proximidades da Assembleia da República.
Há 20 anos em Portugal, com quatro filhas nascidas no país, ela prefere viver deste lado do Oceano Atlântico. 'É melhor estar aqui', diz ao enumerar entre as vantagens as melhores perspectivas de vida para as filhas, 'a qualidade do ensino' e a segurança.'Aqui não chegamos ao ponto de bala perdida', compara, apesar de dizer que sente 'falta do acarajé e da tapioca' e de garantir que não tem interesse em pedir cidadania portuguesa.
A cidadania portuguesa é para a diarista goiana Camila Barbosa, 33 anos, a principal razão para ela, o marido e os três filhos permanecerem em Lisboa. Pela segunda vez vivendo no país, espera que no final do próximo ano possa dar entrada no pedido para obter o registro português para os filhos. Camila admite voltar porque a mãe e os sogros estão doentes, mas ressaltou que o ideal seria continuar vivendo em Portugal e uma vez por ano ir ao Brasil. 'O custo de vida aqui é menor', resume.
Para o também goiano Marcos Paiva, estudante de 24 anos e que vive há sete anos em Portugal, 'as pessoas vivem com ordenado menor em Lisboa do que em outra cidade do Brasil'. Além de menos despesa, a vida em Portugal abre perspectivas interessantes para ele que estuda direito e quer fazer o doutorado na Europa. Paiva não pensa em retornar, mesmo com as notícias de que o Brasil vive um bom momento econômico. 'Já escutei isso e estive no Brasil recentemente. O país evoluiu, mas não deixou de ter uma grande pobreza', salienta.
Para Mário Storch, de 46 anos, capixaba de Colatina (ES), há seis anos fora do Brasil, Portugal oferece uma vida melhor com possibilidades de qualificação e ascensão profissional. Ele que já trabalhou em cozinha de marisqueira é atualmente supervisor em um restaurante no maior shopping de Lisboa. Teve oportunidade de se qualificar em Portugal, em um curso de serviço de hotelaria que frequentou durante 15 meses.
Segundo Storch, os brasileiros são benquistos pelos empregadores em Portugal, mesmo na crise. 'Outros patrões que me empregavam reconheciam que mão-de-obra como a brasileira não havia. Nenhum português queria estar dentro de uma copa fazendo o trabalho que eu fazia. Lavar tachos de um tamanho em que se poderia até tomar banho', lembra, ao comentar a rotina no primeiro emprego em Portugal, quando trabalhava em um restaurante especializado em frutos do mar fora de Lisboa.

Imigrantes brasileiros não deixam "em massa" Portugal por causa da crise, diz socióloga


24/12/2012 - 8h25
Gilberto Costa
Correspondente da EBC em Portugal
Lisboa - Os brasileiros formam a maior colônia de estrangeiros em Portugal. Em março de 2011, conforme o censo, havia 109,7 mil brasileiros. Há tantas pessoas procedentes do país que as brasileiras com 34 anos, solteiras, com ensino médio e trabalhando em serviço de limpeza formam o perfil prevalente entre os imigrantes.
Os brasileiros que vieram para Portugal, especialmente na última década, foram atraídos pela perspectiva de emprego em áreas que não exigiam qualificação, como a construção civil, os serviços de bar e restaurante e o emprego doméstico. Com a crise econômica, essas atividades perderam dinamismo e já pode ser notado um movimento de retorno entre os que se empregaram nesses setores.
A socióloga Filipa Pinho, coordenadora da equipe técnica do Observatório da Emigração e doutora pelo Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL), não acredita porém que haverá um regresso em massa para o Brasil porque muitos estabeleceram raízes em Portugal, aguardam a autorização de residência definitiva ou podem buscar emprego em outros países da Europa. A seguir, a entrevista da especialista à Agência Brasil.
Agência Brasil (ABr) - Qual o perfil socioeconômico dos brasileiros que foram para Portugal na última década?
Filipa Pinho - Os brasileiros que emigraram na última década - sensivelmente desde o fim dos anos 1990 - inseriram-se majoritariamente no segmento menos qualificado do mercado de trabalho, os setores da construção, de restauração, comércio e serviços. Isso, independentemente de alguns terem habilitações superiores ao que lhes era pedido. Grande maioria veio sem visto - não é necessário quando vem a turismo - e permaneceu além do prazo estabelecido para turista (90 dias). A regularização se deu ao abrigo de ações extraordinárias ou decorrentes de acordos com o Brasil (como o acordo Lula em 2003).
ABr - O que esses brasileiros ambicionavam quando vieram para cá?
Filipa Pinho - De acordo com as entrevistas que fiz, vinham em busca de oportunidades de melhoria de vida, em uma época em que se queixavam do desemprego no Brasil e em que havia chances de trabalho em Portugal. Na época em que começaram a vir, em geral a partir de Minas Gerais, deu-se a coincidência de os controles para os Estados Unidos terem se tornado mais rígidos, de o euro estar forte em relação ao real e, como disse, de haver oportunidades de trabalho. A informação foi passada por meio das redes de amizade e parentesco, e os migrantes que iriam para os Estados Unidos vieram para cá. Para outros, que nunca tinham pensado em ir para os Estados Unidos pelo fato de não saber a língua, Portugal se tornava uma hipótese atrativa.
ABr - A língua foi a principal motivação para escolherem Portugal?
Filipa Pinho - Foi um conjunto de circunstâncias: oportunidades de trabalho, facilidade em entrar no país, controle rígido da fronteira nos Estados Unidos, euro alto em relação ao real/dólar, a língua, o fato de conhecerem pessoas em Portugal etc, entre outras
ABr - Em que atividades esses brasileiros se ocupavam? Essas ocupações não interessam aos portugueses?
Filipa Pinho - Homens na construção, no comércio e na restauração, mulheres no comércio, bares e restaurantes, serviços. Não era uma questão de não interessar aos portugueses, era porque havia trabalho: muitos investimentos em infraestruturas para o Euro 2004, quer em construção, quer em serviços associados.

ABr - Os imigrantes brasileiros estão retornando? Pode-se dizer que está ocorrendo um esvaziamento da imigração brasileira? Esse fenômeno tem a ver com a situação econômica de Portugal e do Brasil?
Filipa Pinho - Não necessariamente "em massa". Por um lado, podem estar retornando ou indo para outros locais, como os portugueses, por causa do desemprego. Se tiverem autorização de residência, o problema é maior porque a renovação dessa autorização só é feita se houver contrato de trabalho. E, quando não há... Mas os brasileiros podem ter permanecido até esgotar o período do subsídio ao desemprego, por exemplo. Por outro lado, haverá muitos brasileiros empregados, com famílias constituídas em Portugal, para quem não fará sentido sair do país. Se tiverem obtido a nacionalidade portuguesa, mesmo a situação de desemprego não os torna ilegais, portanto poderão permanecer. Teremos de esperar novas estatísticas dos próximos anos para perceber os efeitos da crise na população brasileira residente em Portugal. Mas, assim como os portugueses que estão deixando o país, o mesmo pode acontecer com brasileiros, é claro. O fluxo de entrada tem estagnado, sim.
ABr - Há quem parta, mas há quem fique. Há diferença de perfil desses imigrantes brasileiros?
Filipa Pinho - Há: quem está empregado e constituiu família, esse tenderá a ficar. Desempregados, como muitos portugueses, considerarão outras hipóteses migratórias, passem elas pelo retorno ou por uma reemigração.

ABr - Conheço casos de imigrantes brasileiros que voltaram para o seu país e depois retornaram a Portugal, por que isso acontece? Pode voltar a acontecer?
Filipa Pinho - Quando vieram, muitos imigrantes eram jovens. Entrevistei pessoas que vieram com 18, 19, 20 anos, que começaram a sua vida de trabalho e adulta em Portugal. Pode ocorrer que voltem para o Brasil e não se adaptem ou não encontrem trabalho... Não sei, esse caso específico eu não estudei, só posso fazer alguma reflexão sobre o que ouvi.
ABr - Com as dificuldades de conseguir emprego em Portugal, é possível dizer que imigrantes brasileiros poderão disputar trabalho com os portugueses?
Filipa Pinho - Pessoalmente, tenho muita dificuldade em ver essa situação como uma disputa. Há oportunidades ou a falta delas e um conjunto de residentes para as preencher. Eles ocuparão as vagas de acordo com a capacidade para fazer o trabalho. Há profissões em que os brasileiros ganharam visibilidade e estão bem conceituados, como manicures ou na restauração, mas desconheço se ganharão ou perderão quando se trata de contratar brasileiros ou portugueses. Não conheço casos concretos que possam servir de exemplo.
Edição: Graça Adjuto
Autor: Publicação: dezembro 20, 2012                                
Além dos direitos humanos: é preciso criatividade para absorver imigrantes de modo a promover o desenvolvimento integral do país
Imigracao.latino-americana.no.Brasil.uma.questao.de.lideranca
Um imigrante haitiano aguarda para entrar num abrigo montado na cidade São Paulo, em janeiro de 2012, para refugiados do terremoto que devastou o Haiti (Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images)
Pesquisas recentes identificaram um expressivo movimento imigratório para o Brasil. O último censo do governo federal contabilizou três milhões de imigrantes bolivianos vivendo em solo brasileiro. O caso mais recente foi o dos haitianos que, fugindo da tragédia humanitária causada pelo terremoto de janeiro de 2010, têm entrado ilegalmente no país em sucessivas levas pelo Acre, via Panamá e Peru. O governo brasileiro e dos estados implicados têm tratado a questão, de modo geral, com benevolência, provendo assistência e permissão para permanecerem no país. No entanto, apenas tolerância e generosidade não bastam para superar o problema, é preciso ainda planejamento e criatividade.
Segundo o governo do estado do Acre, curiosamente, os imigrantes haitianos são profissionais qualificados, como advogados, professores, mestres de obras e carpinteiros, pertencentes à classe média do Haiti. Já no caso dos imigrantes bolivianos, diferentemente, são pessoas de baixa qualificação, que acabam buscando alternativas no trabalho informal, principalmente na área artesanal e cultural, segundo o censo do governo.
Os movimentos imigratórios nos séculos passados provieram de mais de 70 diferentes nacionalidades e etnias. No decorrer da história do país, estes imigrantes não apenas contribuíram com seu trabalho nos engenhos de café e nas primeiras fábricas do nascente processo de industrialização nacional, como também com seus costumes e tradições, enriquecendo e ajudando a constituir a cultura e identidade brasileiras.
Aqui não se aplica a lógica da dívida histórica do colonizador com os povos explorados. Como ex-colônia bem sucedida e potência regional, o Brasil deve ser o primeiro a agir com seus vizinhos, interna e externamente, consciente das sequelas da América Latina advindas do processo de colonização e, hoje, de dependência econômica.
O Brasil acerta ao tratar com tolerância os imigrantes latino-americanos, mas é preciso também planejamento para absorver estas pessoas em regiões de menor densidade populacional, de modo a não agravar o quadro nos grandes centros urbanos já saturados. Para isso, o governo pode buscar parcerias externas para realizar investimentos de interesse multilateral. Desta forma, o Brasil, a um só tempo, respeita os direitos humanos e promove o desenvolvimento nacional descentralizado, inovando e fortalecendo sua liderança global.

http://www.epochtimes.com.br/imigracao-latino-americana-no-brasil-uma-questao-de-lideranca/

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Nº de estrangeiros que moram no Brasil cai 15,4% em 10 anos, diz IBGE


SP, RJ, PR, RS e MG são estados que mais recebem nascidos no exterior.
Censo mostra fluxo de brasileiros retornando dos EUA, Japão e Portugal.

Do G1, em São Paulo

O número de estrangeiros residentes no país caiu 15,4% em uma década, de acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados coletados no Censo Demográfico 2010. Os dados mostram que 510.068 nascidos no exterior viviam no Brasil em 2000 e que, em 2010, o número passou para 431.319.
No total, os nascidos no exterior que viviam no país – entre estrangeiros e brasileiros naturalizados – também caiu, passando de 683.830 pessoas no ano de 2000 para 592.569 pessoas em 2010. Desses, a maior parte (66,4%) tinha como residência a região Sudeste.
O número de estrangeiros morando no país vem caindo a cada levantamento. Segundo o IBGE, os fluxos mais intensos de migração do exterior para o Brasil ocorreram até a década de 1950. Em 1970, foram recenseados 1.082.745 estrangeiros no país. Em 1980, o número caiu para 912.848. Em 1991, já eram 606.636.

Entre os estrangeiros que residiam no país em 2010, 53,6% eram homens. O IBGE não divulgou de quais países eram procedentes.
Nascidos no exterior
Do total de nascidos no exterior que moravam no Brasil em 2010, 84% (431.319) eram estrangeiros e 26% (161.250) tinham adquirido naturalização brasileira. Desse total, os homens prevaleciam – eram 319.883 contra 272.686 mulheres.
Entre os homens, a faixa etária com maior representatividade era de 60 a 64 anos: 29.549 estrangeiros homens que viviam no país estavam neste grupo. Já entre as mulheres, o grupo de idade maior era o de 80 anos ou mais: eram 40.802 estrangeiras e brasileiras naturalizadas residentes no país nesta faixa.

Um número muito pequeno de estrangeiros prefere a zona rural para viver – apenas 3% dos estrangeiros que moravam no país em 2010 não ocupam áreas urbanas, conforme o IBGE.
Estados receptores
São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais eram os estados que mais abrigavam, em 2010, pessoas que haviam nascido no exterior – tanto estrangeiros quanto brasileiros naturalizados. Em seguida vinham Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia, Amazonas e Distrito Federal.

O levantamento descobriu ainda que, dos 190,7 milhões de pessoas que viviam no país em 2010, 11,8 milhões moravam no estado há menos de 10 anos ininterruptos.
Os dados do IBGE mostram um fluxo recente de pessoas (tanto brasileiros como estrangeiros) que viviam nos Estados Unidos e no Japão e que migraram ao país.

Entre as pessoas que não viviam aqui em 2005 e que estavam com residência fixa no Brasil em 2010, 19,4% vivia antes nos Estados Unidos e 15,3%, no Japão. Também foi constatada uma migração recente de estrangeiros para o país provenientes de Paraguai, Bolívia, Portugal e Reino Unido.

A grande maioria – 11,38 milhões - era brasileira que havia migrado de outros estados na última décadas. Já entre os que viviam no exterior e se mudaram para o país, grande parte também estava retornando dos EUA e do Japão.

Já entre os brasileiros natos que se mudaram para o país na última década (298.882), grande parte retornou de EUA (21,46% do total), Japão (18%), Portugal (8,9%), Paraguai (8,8%) e Itália (4,7%). O levantamento destaca que, em 10 anos, houve retorno de brasileiros que viviam na Colômbia (905 pessoas), Coréia do Sul (390) e Líbano (535)
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Visto para estrangeiros exige maior investimento

MARCOS CÉZARI
DE SÃO PAULO


As empresas que quiserem contratar profissionais estrangeiros terão de realizar e comprovar investimentos mais expressivos  no Brasil.
Segundo a resolução número 95 do Conselho Nacional de migração, a empresa terá de investir, em moeda estrangeira, montante igual ou superior a R$ 600 mil por administrador, erente, diretor ou executivo estrangeiro que trouxer ao Brasil a trabalho.
Para isso, as empresas terão de apresentar Registro Declaratório Eletrônico de Investimento Externo Direto no Brasil no Sistema de Informações do BC, comprovando a integralização do investimento na empresa receptora.
Antes, era preciso investir US$ 200 mil, ou o equivalente em outras moedas, por administrador, gerente, diretor ou executivo chamado.
Havia a possibilidade de investir ou transferir tecnologia ou outros bens de capital em valor igual ou superior a US$ 50 mil, ou o equivalente em outras moedas, por administrador, gerente, diretor ou executivo chamado.
Também era necessário gerar dez empregos, no mínimo, durante os dois anos seguintes à instalação da empresa ou da entrada dos executivos no país.
Segundo a nova resolução, as empresas terão a opção de apresentar investimento menor (de R$ 150 mil) e assumir o compromisso de gerar dez empregos durante os dois anos seguintes à instalação da empresa ou da entrada do profissional no Brasil.
No primeiro caso, o valor de US$ 200 mil passou para R$ 600 mil. No segundo caso, os US$ 50 mil passaram para R$ 150 mil.
Segundo a resolução, os pedidos de vistos que foram protocolados até o dia 19 de agosto estarão sujeitos às normas anteriores: investimento igual ou superior a US$ 200 mil por administrador ou investimento em moeda, transferência de tecnologia ou de outros bens de capital de valor igual ou superior a US$ 50 mil por administrador, além da geração de dez empregos durante os dois anos seguintes à instalação da empresa.
A resolução também eleva em 200% o limite para que o Ministério das Relações Exteriores conceda visto permanente a estrangeiro aposentado, acompanhado de até dois dependentes.
Agora, o estrangeiro terá de comprovar que pode transferir para o Brasil, em moeda estrangeira, valor igual ou superior a R$ 6.000 mensais (antes, eram R$ 2.000).
Se tiver mais de dois dependentes, será obrigado a transferir, ainda, em moeda estrangeira, valor igual ou superior a R$ 2.000 (antes, eram R$ 1.000) por dependente excedente.

fonte: Folha 



Número de estrangeiros que pediram autorização pra trabalhar no Brasil aumentou 34% de janeiro a setembro do ano passado, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

José Roberto BurnierSão Paulo, SP

Inflado pela crise, um número crescente de europeus busca oportunidades de trabalho no Brasil. O que também atrai um contingente grande de estrangeiros pedindo visto de trabalho no país são os eventos da Copa e das Olimpíadas.
Ainda não tem um ano que o português Francisco Cordeiro está trabalhando no Brasil. Formado em marketing e publicidade em Lisboa, viu sua perspectiva de crescer na carreira ir por água abaixo.
Com a crise na Europa, fez as malas e veio para o Brasil. Hoje, dedica-se às vendas pela internet. “O que eu vejo no Brasil é que tem uma procura intensa. Muitas oportunidades para as pessoas trabalharem. O que não falta são ofertas de trabalho aqui. Na Europa, são raras as oportunidades”, diz.
O número de estrangeiros que pediram autorização para trabalhar no Brasil aumentou 34% de janeiro a setembro do ano passado, em comparação com o mesmo período do ano anterior. São os últimos dados disponíveis.
Além da crise na Europa, o Brasil se tornou um dos destinos preferidos por causa da estabilidade da economia, dos investimentos que o país vem recebendo, como no pré-sal, e também porque será sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Quem concede o visto confirma essa tendência. “Essa vinda de estrangeiros é um reflexo da nossa globalização, da nossa inserção internacional. É praticamente inevitável”, afirma Paulo Abrão Pires Junior, secretário nacional de Justiça.
Essa quantidade cada vez maior de estrangeiros chegando ao Brasil também foi constatada por uma pesquisa feita por uma empresa multinacional de recrutamento de funcionários. De acordo com o levantamento da Monster, de 2010 para 2011, aumentou em 32% o número de estrangeiros que cadastraram seus currículos no site da empresa atrás de trabalho no Brasil.
Americanos e franceses ainda são os que mais se candidatam a vir para cá. A crise europeia está diversificando a oferta. Agora, espanhóis, italianos, ingleses e até alemães querem trabalhar no país. “São basicamente os empregos mais técnicos. As indústrias que realmente estão demandando uma mão de obra qualificada imensa e que sobra em grande quantidade na Europa e, aqui no Brasil, está cada vez mais escassa”, afirma Andreza Santana, gerente de marketing da Monster
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O Globo

Serviços para os estrangeiros no Brasil


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