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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Interesse de estrangeiros em estudar no Brasil

 

Maior crescimento entre 2005 e 2012 foi de vistos pra espanhóis.
Também cresceu vinda de estudantes da Colômbia, França, Itália e Portugal.

Carla Modena São Paulo, SP




A cada ano, o Brasil atrai jovens estrangeiros que vêm estudar aqui. O interesse dos estudantes espanhóis pelas escolas brasileiras foi o que mais cresceu.
Sofia Raposo veio de Portugal, Marc Vallverdú, da Espanha, Hannes Aigner é austríaco e Anna Katharina Lemke, alemã. Em comum, a vontade de conhecer uma cultura nova e entender como funciona o nosso mercado. Eles estão no Brasil para o mestrado em gestão internacional.
O Brasil se tornou destino de muitos estrangeiros, que buscam aqui uma oportunidade de aprender. Nos últimos sete anos, de acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores, dobrou o número de vistos emitidos para estudar no Brasil.
O maior crescimento entre 2005 e 2012 foi de vistos pra espanhóis: mais de 1.000%. Também aumentou significativamente o número de estudantes da Colômbia, França, Itália e Portugal.
“A maior parte deles, estudantes das áreas mais técnicas, como todas as engenharias, arquitetura, todas as áreas ligadas à tecnologia e computação, química, biologia e business”, diz Paula Prado, gerente executiva da Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional.
Sofia Raposo, que mora em Lisboa, sabe bem porque o Brasil anda tão atraente. “É uma economia muito maior do que a de Portugal e está a crescer, que é uma situação que eu, em termos de mercado de trabalho, não tenho em casa”, afirma.
Com a crise na Europa e nos Estados Unidos, países como Brasil, Rússia, China e Índia se tornaram alvo de legítimos interesses internacionais.
“O Brasil, dos mercados emergentes, é o mais ocidentalizado dos que estão crescendo mais. Então, para uma pessoa que quer sair para o mercado emergente mas não quer ir para uma cultura totalmente diferente, o Brasil aparece como uma alternativa bastante relevante para esses alunos”, diz Edgard Barki, coordenador do Mestrado Profissional da FGV.
A ponta final desses estudos pode ser um emprego por aqui mesmo ou em alguma empresa na Europa que tenha negócios na América Latina, como conta Marc Vallverdú, o espanhol de 22 anos. “Para poder voltar em algum momento”, afirma.
Hannes Aigner tinha como opção 18 universidades no mundo. Decidiu vir para o Brasil e acredita que fez a escolha certa.

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